O Deserto do Atacama está cheio de paisagens surpreendentes como as Catedrais de Tara, um dos atrativos do eio de um dia ao Salar de Tara. Zona rochosa com vegetação rasteira e um lago verde contrastando com flamingos e patos silvestres.
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Partimos no meio da manhã de San Pedro de Atacama em direção a fronteira com Argentina e Bolívia. Mas nem pensar em dormir porque a estrada já é uma atração por ar ao lado dos vulcões Licancabur e Juriques, aqueles visto em quase todas as fotos do Atacama. Além deles, tem resquícios de neve e vicunhas, animais encontrados apenas perto dos 4 mil metros de altitude. O máximo do trecho percorrido foi 4800 metros e difícil sair do carro para registrar o momento no altiplano.
Estrada a 4800 metros de altura
Sofrendo com o frio só para tirar fotos
Na próxima parada vimos os Monges de la Pakana (4600 metros), formações rochosas diferentes no meio do deserto. A maior delas tem cara de índio e virou cartão postal do Atacama. Mais uma vez é complicado sair do carro para fotografar, mas vale a pena o esforço. Apenas cuidado para a luva não sair voando na hora do click como aconteceu com Gardênia.
Pedra com cara de índio e pessoas na base
As Catedrais de Tara i226x
A partir dali, saímos da estrada pavimentada para seguir por caminhos de terra até alcançar as rochas que rodeiam o Salar de Tara. Começa a trilha pelas Catedrais de Tara até a lagoa de Tara, um dos diferenciais de fazer o tour com Awasi. Apesar do salar ser bastante visitado, a maioria das excursões a de carro pelas Catedrais e segue para a lagoa sem exercício físico.
Uma pena para quem perde a oportunidade de chegar perto das enormes rochas que eu achei o cenário mais bonito do eio. São formadas por sedimentos vulcânicos que se levantaram na época da formação da Cordilheira dos Andes e foram moldados pelo vento e chuva pra se transformar nestas colunas gigantes.
Catedrais de Tara
Me sentindo forte levantando pedra vulcânica leve
O trecho é um vale protegido (4200 metros) do vento e repleto de pedras leves. As rochas parecem pesadas, mas sentimos a leveza e fragilidade ao pegar as brancas. São fáceis de quebrar com a mão, mas são ásperas e minhas brincadeiras tirando fotos renderam uma calça rasgada na bunda.
O Salar de Tara 39573o
Na lagoa de Tara encontramos mais turistas e belas imagens, as Catedrais ficaram para trás e vulcões em tons avermelhadas ajudam a colorir o visual.
Lagoa de Tara
No final da caminhada, um almoço nos esperava com a mesa montada e os turistas da van ao lado tirando fotos porque estava lindo almoçar naquela cenário inóspito organizado como se fosse dentro de um restaurante. Tinha salada, temperos, macarrão feito na hora, vinho e sobremesa.
Bom vinho e bolo de chocolate em Salar de Tara
Pães e salada na mesa
4800 metros de altitude no ponto mais alto da estrada para o Salar de Tara
Depois da caminhada em altitude, boa comida e vinho, peguei no sono na viagem de volta e isto não foi bom. O mal de altura me pegou. Abri os olhos e tudo estava branco, apenas vultos das pessoas próximas eu conseguia identificar como forma. Então avisei a guia e pedi para me alcançarem água. Ela disse respira mais profundamente e bebe água que vai ar. Durou minutos, mas foi bem estranho porque eu estava bem o dia todo. O que aconteceu foi o efeito do vinho no corpo e eu ter dormido exatamente no ponto de 4800 metros de altura, a circulação de ar no sangue diminui e a pressão baixa rapidamente. Ao voltar para o hotel foram muito atenciosos me oferecendo chá de rica rica, bom para aliviar estas situações. Tomei porque gosto, afinal a sensação ruim já havia ado.
Tome Nota Salar de Tara 2w323n
A caminhada pelas Catedrais de Tara é fácil e plana, mas requer adaptação prévia a altura por estarmos a 4300 metros acima do nível do mar. Beba muita água sempre e respire profundamente. Não faça este eio nos primeiros dias como eu fiz, adapte-se a altitude de San Pedro primeiro. Por outro lado, é um parâmetro pra saber se está apto para subir nos vulcões ou viajar para o Salar de Uyuni. Eu não estava.
O tour está incluso na diária de quem se hospeda no Awasi Atacama. Hotel exclusivo membro do Relais & Chateaux, tem como objetivo deixar os hóspedes a vontade como se estivessem em casa. Cada suíte tem seu carro com motorista e guia à disposição e os eios são personalizados.
A atividade dura um dia por levar 280 km ida e volta desde San Pedro de Atacama.
O banheiro é atrás das rochas e com vento. Lembre do papel!
O que levar: roupa para bastante frio sendo imprescindível o corta vento, protetor solar, óculos escuro, chapéu, tênis ou bota de trilha e a garrafa que ganhou do Awasi abastecida.
Paisagem linda e frio intenso em junho, esteja preparado
#JustFunChile é um projeto de Territórios e As Peripécias de uma Flor. Contamos com o apoio de hotéis e empresas locais, inclusive este eio.
Fotos Gardênia Rogatto e Roberta Martins.
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Comunicadora, idealizadora deste site, fotógrafa e guia de turismo. Há 18 anos relata suas experiências de viagem focando em cultura e aventura. Saiba mais na página da autora. Encontre no Instagram
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