Pantanal é o local nacional para observar de perto pássaros, felinos, mamíferos, peixes e répteis. A maior extensão úmida do planeta é habitat natural de diversas espécies locais, além das migratórias; fica no Brasil e tem mais de 80% de vegetação nativa. ei um dia na Fazenda São Francisco para safari fotográfico, observação de aves e giro de chalana. Nos próximos parágrafos conto como foi e mostro o que vi no Pantanal.
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A partir de Bonito, distante 162 km, madruguei para pegar a estrada rumo ao noroeste do Mato Grosso do Sul e cheguei a tempo de registrar o café da manhã servido aos tucanos, ararás, papagaios e cardeais na entrada da fazenda. Ali era o ponto de encontro de quem havia agendado o primeiro eio e logo partimos para o Safari Fotográfico em caminhões adaptados para ageiros e abertos para facilitar o registro.
Durante três horas percorremos campos de arroz, criação de gado e rios com o objetivo de observar fauna e flora pantaneira. Uma guia com a vista treinada encontrava os animais e nos apontava contando curiosidades enquanto o carro parava para tirarmos fotografias. No início já teve o famoso tuiuiú, martim-pescador, coruja, garça, capivara e o jacaré. Quando a guia parou bem perto e ainda mexeu com o bicho para ele mostrar os dentes.
No meio do caminho descemos para fazer os vinte minutos da Trilha Do Carandá, caminho suspenso pela mata ciliar do Rio Miranda, que estava seco apesar de ser época de chuvas. Este momento sem vento foi sofrido porque cometi um erro grave de usar cor preta e não ar repelente sobre a roupa. Durante o dia os mosquitos procuram o preto, sentem cheiro de sangue fresco e estes conseguem perfurar tecidos! O resultado foi boa parte do meu corpo tapado de bolotas e uma coceira irritante que durou alguns dias.
Gavião-belo
Piranha
Falcão
Garça-branca
Jacaré
Coruja
Martin Pescador
O famoso tuiuiú
Capivara
Jaçanã
Araras canindé
Infelizmente, não tivemos sorte de avistar cervo, onça-pintada e outros felinos porque a probabilidade de encontrar gatos selvagens é bem maior nos safaria noturnos. Opção para quem planeja ar a noite na fazenda e não foi o meu caso desta vez. Está na lista para uma próxima viagem.
Na tarde teve almoço pantaneiro na sede, descanso nas redes e três horas em Chalana No Corixo (braço de rio) São Domingos com direito a Pesca Artesanal de Piranhas. Outra boa oportunidade de avistar aves, afinal elas acompanham a embarcação e parecem saber que vamos pescar. Biguás, carcarás e jaçanãs se aproximam timidamente, mas garças e gaviões fazem um show de exibicionismo, motivando uma enxurrada de cliques durante todo o trajeto.
Gavião Preto
O caldo de piranha
Sobre a Pescaria de Piranhas, achei totalmente desnecessário a matança. Pra começar eu não tenho paciência de esperar o anzol ser fisgado, não gostei de ver os bichos agonizando no balde e achei o caldo muito sem graça (preparado com aquelas mesmas piranhas no final do eio). Só valeu o momento de tirar as fotos dos enormes jacarés atacando as piranhas nas nossas varas. Mas o guia poderia ter pescado umas duas para mostrar, dar aos jacarés e pronto.
As atividades na Fazenda São Francisco devem ser agendadas com agências turismo ou na recepção para quem está hospedado lá, não adianta chegar na hora. Pelo menos neste dia vi pessoas não conseguirem vaga nos eios por não terem reservado antes.
Quando ir: a região tem duas estações bem definidas: seca e chuva. Tudo o que mostrei foi no período das chuvas. Na seca a probabilidade de encontrar animais aumenta. Acontece de abril a setembro.
Jamais vista-se com roupas escuras durante o dia ou roupas claras durante a noite para evitar ser chamariz de mosquitos. Leve na bolsa e abuse do repelente, e na pele e por cima da roupa quantas vezes for necessário. Mesmo protegido recomendo levar uma pomada para aliviar picadas de mosquitos. Não consigo lembrar de outro lugar com número maior desses insetos do que o Pantanal, prepare-se!
Amplie a imagem para ver a quantidade de mosquitos grudados em mim
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Então monte o roteiro e vá fazendo as reservas de hospedagem e eios conforme o tempo disponível.
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Comunicadora, idealizadora deste site, fotógrafa e guia de turismo. Há 18 anos relata suas experiências de viagem focando em cultura e aventura. Saiba mais na página da autora. Encontre no Instagram
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