No alto da Serra da Mantiqueira existem três cidadezinhas charmosas no inverno e refrescantes no verão. Visconde de Mauá, Maringá e Maromba formam um triângulo que só não é mineiro porque a primeira e a última ficam no Rio de Janeiro, mas Maringá é a ponta dupla. De um lado do Rio Negro é mineira e do outro fluminense. Além do charme e proximidade, elas compartilham boa gastronomia, o frescor da serra e muitas cachoeiras. Algumas parte do Parque Nacional de Itatiaia.
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Aproveitei a estada em Penedo para um bate volta até a Serra da Mantiqueira e adorei o eio guiado pela amiga Gardens (do blog Não Pira, Desopila). Ela é frequentadora assídua da região e me levou direto nas melhores paradas. Só quando estava lá, me dei conta das recomendações antigas dos amigos que sabem como eu gosto de cachoeiras. Alguns lembraram de mim e mandaram fotos quando conheceram Visconde de Mauá. Agora é a minha vez de mostrar e contar um pouco sobre esses quatro lugares.
Visconde de Mauá é a mais famosa e acaba, informalmente, dando nome a toda região, mas ela é só a primeira parada por quem vem pela RJ-151 e pertence ao município de Resende. Tem as pousadas mais românticas e a rua principal mais simpática das três, como mostram as fotos. Era dia de semana no inverno e estava quase deserta com comércio fechado. Dois homens concertando uma cerca me disseram pra voltar no fim de semana para ver o movimento, mas eu gostei assim para uma primeira impressão. Certamente voltarei no verão e em algum feriado.
Quando se fala em Maringá, é bom especificar se é a mineira, em Bocaína de Minas, ou a fluminense, em Itatiaia. As duas tem o mesmo nome, várias lojas e restaurantes e são conectadas por uma pequena ponte de pedestres sobre o Rio Preto. A diferença entre elas é o cuidado em apresentação. A Maringá mineira é visualmente mais bonita e charmosa com uma rua cheia de restaurantes chamada Alameda Gastronômica, enquanto a fluminense tem poluição visual e construções amontoadas. Mas as duas valem a visita. No Rio de Janeiro, encontrei os moradores mais simpáticos, saboreei uma truta deliciosa no almoço do restaurante Bom Apetite e comprei um sapato lindo em promoção.
Maromba é a cereja do bolo por abrigar as melhores cachoeiras. Pareceu ser a menor, mas as subidas e descidas dos morros e o fato de não ter calçadas, pode ter me confundido. Também é repleta de comércio com destaque para artesanato e alimentos. O ruim é o transito, estava calmo por ser dia de semana, mesmo assim tinha carros demais e lugares de menos para estacionar. A dica da Gardens foi deixar o carro na primeira vaga disponível e subir a pé até a famosa Cachoeira do Escorrega. Assim, caminhamos por quase todo o distrito, pertencente a Itatiaia, e descansamos com barulhinho de água sentadas nas pedras. A volta foi fácil porque descer todo santo ajuda. O trecho mais perto da cachoeira é de estrada de terra estreita e tem uma pousada ao lado.
Poço Dama de Honra
Cachoeira Véu de Noiva
Para completar o dia, uma trilha para a Cachoeira Véu de Noiva. Voltamos para a RJ-151 e deixamos o carro em frente à placa indicando o início da trilha. Foi fácil, porém escorregadia e fácil de molhar os pés. No caminho teve Poço Dama de Honra, pontes instáveis e nenhum outro visitante. Éramos nós e o barulho da natureza. E em frente ao início da trilha, havia uma casa com outra placa convidativa oferecendo massagem.
É a cadeia de montanhas que abriga alguns dos picos mais altos, o parque nacional mais antigo – Parque Nacional de Itatiaia, e a Área de Proteção Ambiental mais extensa do Brasil. A APA se estende pelos Estados Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo protegendo a Mata Atlântica e atraindo tanto aventureiros quanto casais em clima romântico.
Mesmo inverno, fez calor durante o dia para andar de manga curta e até daria para tomar banho. A água é gelada como toda cachoeira, porém, depois de se acostumar à temperatura, fica agradável deixar os pés de molho.
Quadriciclo e bicicleta parecem ser as opções mais divertidas para explorar as cachoeiras e até circular entre as localidades. As distâncias entre elas nem chegam a 5 km.
Apenas a Cachoeira do Escorrega tinha estrutura para comprar água e comida, as outras não tem. Leve água e o seu lanche.
A região fica cerca de 30 quilômetros de Penedo por rodovia asfaltada. Depois intercala com ruas de paralelepípedos e estradas de terra. Quem não tem carro, é bom alugar na RentCars para circular com maior liberdade.
Onde comer: o restaurante Bom Apetite, na Maringá fluminense, tem mesas ao ar livre com vista para o Rio Preto e preço justo. Fica em frente à ponte que divide os Estados
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