Viajando de carro por Colli Euganei (região serrana do Vêneto), cheguei a Arquà Petrarca. Uma cidadezinha medieval silenciosa e, aparentemente, ignorada pelos turistas. Pelo menos em uma sexta-feira de outubro.
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Arquà Petrarca data do período dos romanos, já foi borgo e ganhou fama depois que o poeta sco Petrarca (século XIV) ou seus últimos anos de vida e foi enterrado por ali. A casa dele virou museu e a tumba está em frente à Igreja Santa Maria Assunta (de 1026).
QUEM FOI O POETA? sco Petrarca foi um intelectual e humanista italiano considerado o inventor do soneto (poema com 14 versos). Autor de Cancioneiro, também um dos precursores do renascimento italiano além de ter a mesma importância de Dante Alighieri como um dos escritores que aprimoraram o idioma italiano.
A Casa de Petrarca foi a sua último morada e está aberta para visitação das 9h às 17h fechando ao meio-dia. Além de apreciar os afrescos inspirados em o Cancioneiro, o escritório onde o poeta morreu no século XIII ainda está preservado com objetos originais. Fica na parte alta da cidade, na via Valleselle 4.
Vista para Igreja Santa Maria Assunta
Outono em Arquà Petrarca 24561k
Milho e abóbora à venda na frente das casas
Arquà Petrarca tem ruas e casas de pedra preservadas onde minha sugestão é estacionar o carro logo na entrada e subir a pé atento a cada detalhe da arquitetura e vegetação. Tem uma bela vista para as colinas e pequenos estabelecimentos charmosos vendendo azeites, vinhos, legumes e frutas da estação. Tudo produção local e o que não falta são bares e restaurantes aconchegantes para desfrutar produtos frescos e conversar com os moradores.
Com menos de dois mil habitantes é praticamente zona rural e destino perfeito para ser visitado no outono. Época de colheita da romã, milho, abóbora e guiggiole, uma espécie de azeitona de onde é feito um licor delicioso e exclusivo. A bebida não é industrializada, tentei comprar uma garrafa e eles diziam ser apenas para quem visitava a cidade naquele período. Placas na rua chamavam para degustar Brodo de Giuggiole (o licor) e visitar a Festa delle Giuggiole, uma pena que seria só na próxima semana.
Os caminhos na cidade
GiuggiolesBrodo de GiuggioleRomãs maduras deliciosasOliveira carregada de azeitonas pretas
ei algumas horas caminhando, fotografando, expiando janelas e pulando (para não dizer roubando) para tentar pegar romã das árvores que excediam os limites dos muros de algumas casas particulares.
Como o momento era curto, preferi ar o tempo restante curtindo vinho e petiscos italianos no almoço do que num museu ou igreja. Mas quem já foi recomenda aproveitar a experiência completa em um eio de um dia. A região também é rota de vinho e sempre vale a pena pedir o da casa.
Vinho da casa, pães e frios na Osteria Al Guerriero
Onde comer: Osteria Al Guerriero fica na Via Jacopo da Arqua 2/4. A proprietária Nina nos recebeu com a maior simpatia explicando as especialidades e bebidas indicadas. Vende o azeite produzido por eles e os preços são íveis.
Trouxe algumas latinhas de azeite na mala
Como chegar: partindo de Pádua fica 23 km distante pela rodovia SS16.
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Se preferir ar a noite por ali, encontrei 14 hotéis no Booking. Eu ei os cinco dias no Veneto hospedada no Igea Suisse (clique para ler minha resenha), em Abano Terme.
Mesmo medieval também tem espaço para arte de rua atual. Alessio é um artista bastante conhecido no Vêneto
Veja mais fotos de Arquà Petrarca: 2i2d2y
Fotos de Roberta Martins e Leandro Gabrieli.
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Comunicadora, idealizadora deste site, fotógrafa e guia de turismo. Há 18 anos relata suas experiências de viagem focando em cultura e aventura. Saiba mais na página da autora. Encontre no Instagram
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Meus bisnonos eram de Areia Petrarce